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Segundo pesquisa, permitir que os funcionários trabalhem de casa dois dias por semana reduz as taxas de demissão em 35%
Enquanto muitos locais de trabalho continuam debatendo o trabalho remoto, um novo estudo pode encerrar a discussão de uma vez por todas. Pesquisadores de Stanford descobriram que permitir que os funcionários trabalhem de casa dois dias por semana reduz as taxas de demissão em 35%.
O estudo, publicado na revista Nature, sugere, conforme artigo da Fast Company, que essa flexibilidade não apenas aumenta a satisfação dos funcionários, mas também melhora a retenção, sem afetar negativamente o desempenho.
A pesquisa foi conduzida com funcionários da Trip.com, uma empresa multinacional de tecnologia com sede em Xangai. Os trabalhadores foram designados aleatoriamente para trabalhar em um modelo totalmente presencial ou híbrido, permitindo resultados randomizados. O estudo revelou que os trabalhadores híbridos tinham taxas de retenção significativamente mais altas em comparação com aqueles que trabalhavam apenas presencialmente.
Nicholas Bloom, professor de economia em Stanford e coautor do estudo, afirma: “Não há efeitos negativos sobre o desempenho. Talvez economizemos um pouco de espaço ao permitir que as pessoas trabalhem de casa dois dias por semana e vemos uma enorme redução nas taxas de demissão”.
Os dados mostram que as empresas que oferecem horários totalmente flexíveis ou híbridos se classificam melhor em termos de cultura e valores, além de equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Bloom observa que políticas híbridas obrigatórias são importantes, pois muitas pessoas podem não se sentir confortáveis em solicitar a opção de trabalho remoto, mesmo que desejem, por medo de parecerem desmotivadas.
Além disso, o estudo destaca que o trabalho híbrido beneficia grupos específicos de funcionários, como aqueles com longos trajetos e não gerentes. Por exemplo, a retenção entre mulheres aumentou significativamente quando o modelo híbrido foi obrigatório, em vez de opcional.
Em termos de desempenho dos funcionários, não houve mudanças significativas entre aqueles que trabalhavam em um modelo híbrido e aqueles que estavam sempre no escritório. Os pesquisadores não encontraram diferença nas notas de desempenho, taxas de promoção ou produtividade entre os dois grupos. Esse achado reforça a ideia de que a flexibilidade no local de trabalho pode melhorar o bem-estar dos funcionários sem comprometer a eficiência ou a produtividade.
Os resultados deste estudo sugerem que o modelo de trabalho híbrido não só melhora a satisfação e a retenção dos funcionários, mas também é financeiramente vantajoso para as empresas. Como Bloom conclui: “O modelo híbrido é lucrativo. Não estou vendendo um movimento social aqui. Estou vendendo uma história de fazer seu negócio ganhar mais dinheiro.
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